Durante muito tempo, o Montenegro constituiu um principado autónomo face ao poder hegemónico que o Império Otomano exercia nos Balcãs. A sua independência foi formalmente reconhecida pelo Tratado de Berlim de 1878 (que também reconheceu a independência da Bulgária, da Roménia e da vizinha Sérvia).
Em 1910, o príncipe Nicolau proclamou-se rei. No entanto, o reino do Montenegro existiu durante apenas oito anos. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, o Montenegro foi integrado no Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos (não havendo no nome do estado qualquer referência aos montenegrinos, assim como aos bósnios ou aos macedónios), o qual se tornou em 1929 o reino da Jugoslávia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os guerrilheiros de Tito procuraram refúgio nas suas montanhas, e quando em 1944 a região foi libertada, o Montenegro tornou-se uma das seis repúblicas constituintes da República Socialista da Jugoslávia.
Com o fim desta entidade no início da década de 90, quatro das repúblicas secederam e tornaram-se independentes; somente a Sérvia e o Montenegro lhe deram continuidade, formando a nova República Federal da Jugoslávia, governada por Slobodan Milošević, e com um grande predomínio da entidade sérvia dentro da federação.