Do século V ao século VII, a migração de tribos berberes do Norte da África expulsou da região os bafours, habitantes originais da atual Mauritânia, ancestrais dos soninquês.
Os bafours eram primordialmente agricultores, e estavam entre os primeiros povos do Saara a abandonar o seu estilo de vida tradicionalmente nômade.
Com o gradual processo de desertificação da região, migraram para o sul. Seguiu-se uma migração em massa do povo que habitava a região do Saara Central para a África Ocidental, até que em 1076 monges-guerreiros islâmicos (almorávidas) atacaram e conquistaram o antigo Império Gana, e assumiram o controle da região.
Pelos próximos 500 anos os árabes foram a casta dominante da sociedade local, enfrentando resistência feroz da população local (tanto berberes quanto não-berberes), da qual a Guerra de Char Bubá (1644-1674) foi o esforço derradeiro e malsucedido.
Esta guerra colocou a população da Mauritânia contra invasores árabes da tribo maquil, vindos do Iêmen, liderados pela tribo dos Beni Hassan.
Os descendentes desta tribo tornaram-se a hassane, camada mais alta da sociedade moura. Os berberes mantiveram sua influência por terem a maior parte dos marabutos - indivíduos que preservam e ensinam a tradição islâmica.